No próximo dia 5 de maio, a Arquidiocese de Uberaba celebra, com reverência e gratidão, a memória de Dom Luiz Maria de Sant’ana, terceiro bispo diocesano da região, cujo legado de fé e trabalho pastoral permanece vivo 79 anos após sua passagem para a Casa do Pai. Natural da Província de Verona, Itália, nascido Antonio Colturato em 21 de março de 1886, Dom Luiz consagrou sua vida à evangelização, deixando marcas profundas em solo brasileiro.

Chegando ao Brasil ainda criança, em 1888, sua vocação floresceu na adolescência: ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em 1899, adotando o nome religioso de Frei Luís Maria de Santana. Ordenado sacerdote em 6 de março de 1909, em São Paulo, sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a espiritualidade e a administração eclesial, culminando em sua nomeação como bispo de Uberaba em 4 de outubro de 1929. Seu lema episcopal, Omnia et in omnibus Christus (“Cristo tudo para todos”), sintetizou sua missão de levar o Evangelho a todos os âmbitos da vida.

Em Uberaba, Dom Luiz empreendeu reformas históricas: revitalizou a Catedral Metropolitana (obra concluída em 1935), reabriu o Seminário São José e fortaleceu a formação clerical por meio da Associação São José, garantindo sustento aos seminaristas. Sua visão progressista também modernizou o Correio Católico, jornal diocesano que se tornou voz ativa da Igreja na região. Além disso, adquiriu o emblemático palacete da Rua São Sebastião, hoje batizado em sua homenagem, símbolo de sua dedicação à estruturação da diocese.

Transferido para Botucatu (SP) em 1938, continuou sua obra com zelo: promoveu o primeiro Congresso Eucarístico Diocesano (1941) e inaugurou a nova Catedral local (1943), consolidando-se como líder que unia piedade e ação. Faleceu em 5 de maio de 1946, aos 60 anos, deixando um legado que transcende fronteiras.

A relevância de Dom Luiz não se restringe ao seu arrojo e competência como administrador, é reconhecido como intelectual da fé, cujas iniciativas editoriais e educativas refletiam o diálogo entre tradição e modernidade. Sua história ecoa o chamado à santidade no cotidiano, inspirando gerações a viverem Cristo como centro absoluto.

A Arquidiocese convida os fiéis a unirem-se em oração por sua alma e a renovarem o compromisso com a evangelização, seguindo seu exemplo de entrega. Que seu testemunho continue a germinar frutos de esperança!

Jorn. François Ramos – Assessoria de Imprensa/Arquidiocese de Uberaba