A Campanha do Dízimo tem o objetivo de relembrar aos católicos partilhar e ser solidário traz alegria ao doador e é uma atitude própria do ser cristão, do católico. “Deus ama aquele que dá com alegria” 2 Cor 9,7.
Na vida partilhamos muito: a casa com nossa família; o transporte, com outras pessoas; as nossas opiniões, com amigos… O conceito de partilha está ligado ao conceito de divisão. Partilhar é fazer a divisão de alguma coisa. Partilhar é dividir. E dividir tem o significado de tirar uma parte do que se tem.
Entretanto, se no dicionário partilhar significa dividir, para os católicos não tem o mesmo significado, porque, na vida de todos eles, partilhar não é dividir; ao contrário, é somar; não é diminuir, mas aumentar; não é perder, mas ganhar. Partilhar, para o católico é, antes de tudo, um gesto de amor.
Amor ao próximo e amor a Jesus que, com um milagre, conseguiu partilhar o pouco que se tinha naquele momento – 5 pães e 2 peixes trazidos por um menino – com milhares de pessoas, alimentando-as em pleno deserto quando não existia mais comida e mostrando, na prática, como a partilha não divide, mas multiplica. Com o pouco dado, com amor, se transforma em muito. (João 6, 1-13)
Quando promovemos a partilha com a visão do católico, repetindo o gesto de oferta do menino, damos sem esperar nada, mas recebemos algo em troca se essa partilha é feita com amor, porque a partilha é uma via de mão dupla.
Assim como aconteceu no episódio do profeta Elias (I Reis 17,7-16), que chegando à casa de uma viúva pediu que esta lhe preparasse uma refeição com o último punhado de farinha e um pouco de azeite que possuía. Ela o fez prontamente sem pedir nada em troca, partilhando o pouco que tinha, e, a partir daquele momento, não faltou mais alimento em sua casa.
Os cinco pães e os dois peixes oferecidos pelo menino e divididos por Jesus entre a multidão, e a comida oferecida pela viúva ao profeta Elias são representados, hoje, pelo gesto de oferta e partilha repetido em nossas comunidades: o Dízimo.
A campanha acontece durante o mês de julho e todas as pastorais, movimentos e associações, precisam envolver-se juntamente com a pastoral do dízimo. É importante que o trabalho seja realizado por todos para que a campanha aconteça de verdade, isto é, atinja todos os católicos. O envolvimento de todos é o segredo para a campanha dar certo.
Pe. Marino Molina – Assessor espiritual da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Uberaba