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Igreja em missão, servindo à comunidade com fé e amor.

17 de abril de 2025

Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC)

Os membros do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC) da Arquidiocese de Uberaba realizam um importante trabalho na Igreja particular de Uberaba e nas regiões que abrangem a Arquidiocese, com atividades frequentes: Escola de Vivência, Curso Básico para novos cursilhistas, Cursilhos para Homens, Cursilhos para Mulheres, Cursilho para Jovens, além de Ultreias e outras ações.

Nas entrevistas de hoje você vai saber o que é o MCC, os motivos de haver a separação entre o Cursilho de Homens e de Mulheres, além de entender o que são as Escolas de Vivência e toda prática da vivência da fé proposta pelo Cursilho.

Entrevistamos o Assessor Nacional do MCC e também assessor espiritual do Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Uberaba, Pe. José Roberto Ferrari, e também o coordenador leigo, José Renis de Carvalho.

Entrevista com o coordenador leigo do MCC da Arquidiocese de Uberaba

Nosso primeiro entrevistado é José Renis de Carvalho, coordenador arquidiocesano do Movimento de Cursilhos de Cristandade – GED Uberaba. José Renis esteve à frente da coordenação no período de 2008 a 2012, por duas gestões, quando a gestão/mandato era de dois anos. Após esse período, a gestão/mandato foi alterada para três anos e teve início em 2016, seu término foi no final de 2018, quando foi reconduzido ao cargo de Coordenador para mais 3 anos (Triênio 2019 a 2021). “Para a nova coordenação foram reeleitos: Coordenador José Renis de Carvalho, Vice-Coordenador Roberto Leandro Alves e Assessor Espiritual Eclesiástico Pe. José Roberto Ferrari”, informa o entrevistado.

José Renis conta que o Cursilho foi um divisor de águas em sua vida. “Vivi uma experiência antes de fazer o Cursilho e vivo outra após ter vivenciado o Cursilho, em setembro de 2000. Não tinha compromisso com a religião, mas a partir do Cursilho assumi o ‘Compromisso de Cristão Comprometido’ e muita coisa mudou na minha existência, como exemplo e testemunho para formação familiar”.

O coordenador arquidiocesano busca viver Cristo intensamente, em todos momentos e em tudo o que faz. “Obedientes às limitações que exerço, participo das Assembleias Regionais e Assembleias Nacionais com o objetivo de trazer para a nossa Escola de Vivência conteúdos, experiências e as atualizações que acontecem em todos os níveis – nos GEDs (Grupos Executivos Diocesanos), GERs (Grupos Executivos Regionais) e GEN (Grupo Executivo Nacional), para o desenvolvimento espiritual, crescimento e compromisso como Cristão Comprometido do nosso GED Uberaba”, explica.

O que é o Cursilho?

José Renis: É um Movimento da Igreja que mediante método próprio torna possível a vivencia e a convivência do fundamental Cristão. Um pequeno Curso que em 3 ou 2 dias (nossa realidade é de 2 dias), por inspiração do Espírito Santo, cursilhistas que já vivenciaram e mais experientes, conseguem mostrar aos iniciantes o verdadeiro caminho que precisamos seguir para dar sentido às nossas vidas. Dar continuidade ao projeto de Deus, que por Jesus Cristo, nos escolheu para missão de Evangelizar, ou seja, levar a Palavra e fermentar de Evangelho todos ambientes, seja na família em primeiro lugar, no trabalho, na sociedade, etc.

Qual é o objetivo do Cursilho?

José Renis: No processo de expansão do MCC no mundo são celebrados diversos Encontro Internacionais com o objetivo fundamental de promover a unidade à escala universal, que identifica e caracteriza o Movimento em todo o mundo, em todos os países e que levem todos os dirigentes a defender e conservar o fundamental cristão. O Cursilho por graça de Deus consegue iluminar toda a vida à luz do Evangelho e possibilita um triplo encontro: consigo, com Deus e com os outros. Objetivo principal é o início da conversão pessoal crescente, consciente e comunicada em sociedade. Despertar no cristão o desejo de continuar o processo de conversão iniciada em grupo ou comunidade; motivar a responsabilidade; formar lideranças para atuar nos ambientes comunitários e dar respostas que modifique, e transformem as realidades da sociedade na dimensão missionária, “Igreja em saída”.

Quem é convidado a participar do Cursilho?

José Renis: Os Batizados afastados de Deus, pessoas que por circunstâncias da vida ou por decisão própria a fé cristã não tem relevância ou que perderam o sentido da vida. Não tendo consciência da sua importância como membros da Igreja afastam-se de Cristo e do Evangelho. Com prudência e caridade pedimos aos responsáveis para casos onde o Cursilho não acrescentaria benefícios ou soluções. O Cursilho está aberto a todas as pessoas com personalidade profunda de amar, do viver fraterno(a), solidário(a), pessoas que tenham critério e juízo claro e que possam ser capazes de vivência plena, ativa e consciente. Além disso que possam atuar como agentes transformadores, fermento eficiente, maduras, livres e responsáveis de qualquer condição social, cultural ou ideológicas. Pessoas que estejam dispostas a refletir e aceitar a verdade das suas vidas, capazes de captar a mensagem que se proclama, capazes de comprometer-se e envolver-se no serviço à comunidade e que tenham potencial e influência nos ambientes que convivem.

Por que existe a separação entre o Cursilho dos homens e o Cursilho das mulheres?

José Renis: Por ser a conversão individual e não tratar-se de encontro entre casais. A mensagem proferida tem caráter de reflexão individual e encontro pessoal nos seus 3 tempos. A mensagem proferida deve ser absorvida no coração de cada um e refletida individualmente. Para encontro de homens e mulheres existem na Igreja outros movimentos ou serviços que tratam o casal, exemplo: Dialogo Conjugal, ECC, Pastoral Familiar. O Cursilho tem método próprio e seu carisma principal é o Querigma, ou seja, a palavra que tem o objetivo de tocar e levar à reflexão, transformação do cristão e ao início da conversão.

Por que fazer o Cursilho?

José Renis: Para conhecer a si mesmo, refletir sobre o projeto que Deus tem para cada um, dar um sentido à vida, entender que o Pai é Rico em Misericórdia e não quer perder nenhuma de suas ovelhas. Mostrar que a família é a base de tudo e a Igreja é o local para se viver em comunidade. Seguir Cristo para continuar o plano e missão que Ele deixou para nós cristãos leigos. Partilhar e comprometer-se com o bem, com a justiça e com a Evangelização dos ambientes.

Qual é a proposta da Escola de Vivência?

José Renis:Dar continuidade ao processo de Formação dos Cursilhistas que vivenciaram os últimos cursilhos realizados. O Curso Básico mostra como preparar-se para realizar Cursilhos; como funciona a Escola de Vivência; como, onde e quando iniciou os Cursilhos no Brasil e no mundo; quando o movimento teve início na nossa Arquidiocese; a razão de se fazer Cursilho separado homens e mulheres; aborda a importância da inserção cursilhista nas paróquias; da perseverança na Escola de Vivência e Fé; a conversão etc.

Qual é o sentimento de estar à frente (coordenação) deste movimento?

José Renis:Estar à frente (Coordenação do Movimento de Cursilho) do GED Uberaba, não é mérito e não dá direito a título algum, mas é preciso muito esforço para alcançar a simplicidade. Entender que todos que já vivenciaram o Cursilho e participam ativamente na Escola de Vivência são responsáveis para o desempenho eficaz do Movimento na nossa Arquidiocese. Motivo de alegria é compreender que o Cursilho além de colaborar catequizando, atua como despertar vocacional do leigo. Em nossa Arquidiocese temos Diáconos Permanentes que foram tocados no Cursilho, formaram-se e hoje prestam serviço em várias paróquias da cidade e região., Como diz São Paulo é necessário ser servo inútil, mas com a ousadia de tentar todas as formas possíveis, seguir o conselho de Maria, a Mãe de Deus e nossa, que recomenda “fazer tudo o que Ele nos disser”. A alegria maior é ser esperança para os que amam esse Movimento, querer continuar sendo instrumento eficaz, presença e testemunho vivo do Evangelho em todos os ambientes. Viva a Vida, Decolores!